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domingo, 29 de março de 2009

São as lágrimas de março fechando o verão


Março vai chegando ao fim e, até o domingo 29, já são três os sepultamentos a que eu fui. Um deles, hoje. Mês carregado! Sinto como se já tivesse esgotado a cota para 2009, considerando a média dos anos anteriores - jornalistas gostam de fazem esse tipo de estatística e eu, com formação na área e mesmo não exercendo profissionalmente o ofício, permito-me explorar o padrão. Cemitérios não muito diferentes uns dos outros, com os indefectíveis cachorros abandonados que, curiosamente, estão sempre a lhes rondar as alamedas. E uma impressionante sensação de paz - não tristeza, mas paz - que me toma o coração, a cada vez que neles entro.

Mas o mês teve, é lógico, as suas compensações: os aniversários. Vários amigos sopraram velinhas este mês e, no sábado, foi a vez de uma minha avó emprestada, que completou 95 anos. Gente a rodo num concorrido almoço em Botafogo, que foi homenagear alguém especial, querida por todos. Um ambiente perfeito, rico em alto astral, onde eu tive a felicidade de rever tantos amigos de infância, a quem não via há décadas, literalmente. Momentos de Felicidade que é preciso cultuar, para se levar a vida e levá-la a tão longe.

Emoções tão distintas, capazes de nos tocar com a mesma profundidade e também de reunir com eficiência um número apreciável de parentes e amigos. Ora, somos seres humanos e, como tal, vivemos com emoção e, por que não, de emoções. Um brinde a elas, que nos enfeitam a vida e nos fazem melhores, ensinando lições agradáveis ou não, porém preciosas, sempre.

E, se for preciso chorar, que seja de Felicidade. O que muito acontece comigo, por sinal: acho que já verti mais lágrimas na vida estando alegre e emocionado do que triste. Tem textos que eu escrevi, garanto, que não consigo ler, mesmo silenciosamente, sem ficar com os olhos molhados. Não é bom?

E, pois, que venha abril, na quarta-feira!


Boas Noites!

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