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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Como se concebeu o Plano Real

Neste fim de semana, assisti, quase por acaso, no canal AXN, a um daqueles filmes nacionais de qualidade, que recomendo muito. Um verdadeiro documentário político-econômico, sem viés ideológico, que narra os últimos dias de um Brasil assolado por uma inflação sem controle, uma Economia devastada e um horizonte sem futuro.

Real: O Plano por Trás da História é um longa-metragem baseado no livro 3.000 dias no bunker, de Guilherme Fiúza, e trata da ousadia do economista Gustavo Franco, na construção de um plano econômico que teve êxito no objetivo de reorganizar financeira e economicamente o país, abrindo, de forma verdadeira, as portas para o desenvolvimento.

O Plano Real é reconhecido internacionalmente como uma iniciativa de enorme sucesso, para a reconstrução do mercado brasileiro.

Destaques meus no elenco para Emílio Orciollo Netto, que encarna primorosamente o protagonista, emprestando as devidas emoções no tempo certo do personagem, e Bemvindo Siqueira, interpretando o presidente Itamar Franco. Sem demérito algum, é claro, às demais atuações.

Vale a pena buscar no streaming e conhecer um pouco mais dessa luta, empreendida por brasileiros decididos a fazer com que o seu país desse certo.

E ver quem sempre esteve - e continua - torcendo e trabalhando para que as coisas sigam dando errado, no Brasil.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Minha visão de leigo acerca da pandemência

A pressão verdadeiramente tirânica por 'vacinar' adultos e crianças é o segundo elemento de desconfiança, dessa fraudemia: o primeiro foi a fraudemia em si, transformando uma gripe sazonal - que deveria ter sido tratada como tal, desde o princípio, com os devidos cuidados específicos - em pandemônio mundial, pela ação criminosa e premeditada da Organização Mundial da Saúde. Quem defendeu a tese da gripe recebeu variados elogios, como negacionista, genocida, fascista, nazista, taxista...

Demonizou-se o tratamento precoce, sob a alegação de que seria inócuo, apesar de vários relatos de sucesso. Pela primeira vez na História, preconizou-se aguardar o agravamento do quadro clínico de um doente ('só procure o posto de saúde quando tiver falta de ar', dizia o então Ministro da Saúde), em vez de agir prontamente em socorro dele, desde o início. Que sentido faz isso?! A quem interessa intubar, podendo evitar esse risco?

Os efeitos adversos, de gravidade considerável, das 'vacinas' e, em especial, as mortes delas decorrentes, as tais 'mortes súbitas', tratadas como 'casos isolados', mormente de gente jovem, em grande parte atletas, sem histórico de patologias, só me reforçam essa descrença nas picadas.

Ninguém pode ser obrigado a se submeter a um experimento não validado ainda de todo, cujas decorrências graves ainda são desconhecidas. Coisa semelhante só se viu, em tempos recentes, durante o nazismo! Nesses termos, eu me atrevo a comparar que Tedros Adhanom é o próprio Josef Menguele do século 21. Será que o grito de guerra 'meu corpo, minhas regras' é tão seletivo assim, que só vale para que ativistas de um falso feminismo obtenham respaldo para o aborto como método contraceptivo?

Onde foi parar a dignidade da ciência que a gente aprendeu na escola, uma disciplina que ganhou o nosso respeito pela seriedade que nos transmitia?

Até quando o mundo será vítima desse terrorismo midiático, que vem tentando 'cancelar' os opositores da tirania sanitária, calando-os por gaslighting, censura ou até assassinato? Até quando a cegueira ou a sedução do vil metal dominarão a linha de frente da Saúde Pública? Quando as garras da Lei alcançarão aqueles que estão cometendo crime contra a humanidade, das mais diversas formas, acobertados por uma falsa ciência, que se arbitra imune à contestação, comandada por oráculos de caráter discutível?

Essa é a minha singela, embora contundente, opinião.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Princesas mandando bem nas séries policiais - crítica rápida

Duas séries policiais francesas muito boas, com mulheres em destaque, preenchem com competência as noites de quarta-feira, uma seguida da outra, no canal AXN. A partir das 21 horas.

CANDICE RENOIR, cuja protagonista é vivida por Cécile Bois, é uma comandante da Polícia de Séte, pequena cidade praiana às margens do Mediterrâneo, que se vê enrolada com seus vários amores e os deveres e prerrogativas de mãe de quatro filhos adolescentes, dois dos quais gêmeos.

Sua vida pessoal interfere enormemente no dia a dia profissional, apesar do que isso não a impede de se desempenhar bem no trabalho investigativo. Muitas vezes, a própria equipe e, principalmente, a chefia e outras pessoas que lhe são superiores na hierarquia, também não colaboram...

BRIGHT MINDS, que estreou nesta quarta 13, traz uma Policial (Raphaëlle Coste, interpretada por Lola Dewaere) cujo trabalho acaba ganhando em muito com a parceria formada com Astrid Nielsen, uma funcionária da biblioteca da Polícia Judiciária portadora de síndrome de Asperger (caracterizada por dificuldade com as interações sociais, interesses limitados e comportamento repetitivo), maviosamente encarnada pela atriz Sara Mortensen.

O título original da série em Francês é simplesmente 'Astrid et Raphaëlle', os prenomes das protagonistas. Bem que poderia ter sido vertido para o Português, ainda que a partir da tradução feita para o Inglês, como 'Mentes Brilhantes'.

As duas séries têm em comum a ideia do 'pensar fora da caixa'. Nesse aspecto, vêm a intuição pela experiência (Candice), o faro policial aguçado (Raphaëlle) e a incrível capacidade de memória e de raciocínio (Astrid). Todos ingredientes que se somam em perfeita harmonia ao que seriam simples tramas de mocinho e bandido.

Vale acompanhar. Confira também os portais.

https://br.axn.com/series/candice-renoir/episodios

https://br.axn.com/series/bright-minds

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Ser ou não ser: meia liberdade é como meia gravidez

Esta semana, voltei à feira de livros do shopping, de onde eu já tinha levado para casa a biografia do Bussunda, em busca de um título que tinha me chamado a atenção há algum tempo. Depois do 'jornalismo mentira' dos cassetas, que fustigava a realidade achincalhando descaradamente a notícia, era a vez da fábula saída do gênio de George Orwell, 'A Revolução dos Bichos', publicada em 1945. Uma narrativa que, em boa medida, antecipa o clássico '1984', a história futurista que apresenta o Grande Irmão (o Big Brother), lançada em 1948.

A fábula, cujo título original em Inglês é 'Animal Farm' (a fazenda dos animais, uma tradução literal que foi adotada em algumas edições em Português), trata da tomada de uma fazenda - a Granja do Solar - pelos animais que lá viviam. Eles se rebelam contra os humanos da propriedade e, mais especificamente, contra o dono do lugar, que passa a ser visto como um mero explorador, que nada faz e vive apenas à sombra do trabalho dos bichos. A princípio, após a rebelião, os animais são todos iguais, até que alguns se sobressaem como líderes, fato que os torna 'mais iguais' do que os outros companheiros.

Essa liderança natural, exercida pelos porcos, aceita sem resistência pelos demais, passa a ditar as normas de convívio do grupo, com os líderes cuidando de resguardar para si certos privilégios. Em especial, quando a farinha torna-se pouca e o pirão deles deve vir primeiro. Afinal, 'aqueles que pensam' merecem tratamento diferenciado - como expresso na opinião deles mesmos, claro.

A luta dos bichos por liberdade e prosperidade, com os seus episódios sempre bem pontuados, tem inúmeros paralelos com o atual modus vivendi da humanidade, ou seja, ainda que escrita mais de sete décadas atrás, parece antecipar o ensaio geral da tirania da esquerda, que vem tentando dominar o planeta valendo-se da maior fraude de saúde pública da história da humanidade. Talvez porque a trama tenha sido escrita no apagar das luzes do teatro da Segunda Guerra Mundial, que teve amplo protagonismo comunista. Talvez porque a História tenha seus ciclos e se repita, inexorável e desgraçadamente.

Voltando aos animais, para dar conta de libertá-los da tirania dos humanos, os porcos, tidos como os 'mais inteligentes', assumem naturalmente a ascendência sobre os demais bichos. Também naturalmente, um deles assume - ou se assume - como o líder. Um líder que tem por missão decidir por todos, porcos ou não, sobre todo e qualquer assunto. Por exemplo, confiscar o leite das vacas em proveito próprio, para que se misture à sua ração, com o intuito de garantir a sua saúde.

Afinal, compreende-se, mais uma vez naturalmente, que 'é pela saúde'. E a garantia da saúde é uma causa nobre, respaldada de modo incontestável pela ciência. Esse discurso parece familiar a você?

Os bichos, na prática, deixaram de ser 'escravos dos humanos', para serem escravos de seus iguais, no sentido de que outros animais passaram a controlar as suas vidas. O trabalho na fazenda seguiu quase como na época do controle dos humanos. Entretanto, alguns sacrifícios começaram a ser necessários ao 'bem comum' e a disposição para voluntariar-se a certas tarefas passou a ser algo tão fundamental quanto esperado. Caso alguém não quisesse, tudo bem, contudo uma negativa desse tipo poderia significar que a ração desse membro não colaborativo pudesse vir a ser limitada.

A picadura em nome da 'consciência social', controlada por passaporte que habilite você a deslocar-se livremente ou lhe permita a compra de alimentos, e, sem o qual, nenhum dos dois seja permitido, provoca alguma associação de ideias, no âmbito do seu raciocínio?

O convencimento para que os animais concordassem, placidamente, em fazer 'demonstrações espontâneas', ou seguir uma ordem não muito simpática, ou mesmo consentir uma diminuição da sua própria ração, sempre 'pelo bem de todos', é feito com a ameaçadora lembrança da possibilidade da volta do humano tirano, caso haja quem se oponha. Há que existir um pavor permanente rondando o espírito, para anestesiar o desejo pessoal e impor uma 'vontade coletiva'. Como o medo da morte, o mais maquiavélico ardil para fazer com que as pessoas concordem com qualquer coisa, ainda que ela contradiga a lógica, agrida o bom senso e até comprometa a perspectiva de sobrevivência.

E o convencimento tem lá suas técnicas pouco ortodoxas. Dentre as quais, mentir, omitir e deturpar fatos e verdades que já se conhecem, pelo enfraquecimento deliberado da memória e pela fraudação de detalhes importantes à compreensão geral do que acontece.

Derrotas flagrantes, como na guerra dos bichos contra os humanos que tentaram reaver a fazenda, têm seu sentido distorcido, para que pareçam vitórias. O jogo de palavras tenta lembrar que, afinal, sobrou a fazenda e continuou-se vivendo nela, após a expulsão dos invasores, apesar do saldo de tantas baixas entre os animais. O convincente - embora surrado - discurso de que está tudo bem, já que 'entre mortos e feridos, salvamo-nos todos'.

Hoje, se muitos começam a padecer por colateralidades não previstas porquanto não estudadas devidamente, em virtude da exiguidade do tempo de estudos, esses efeitos adversos devem ser entendidos, com a devida tranquilidade de espírito, como o preço a pagar pelo triunfo sobre o inimigo invisível, contra o qual todos os esforços do mundo foram envidados, numa atitude verdadeiramente heroica daqueles que se propuseram a cerrar fileiras na frente de batalha. Gente corajosa, pois não?

O cético Benjamim, por sua natureza calado, talvez o mais sensato dentre os animais, embora seja um burro, tentou se fazer ouvir, na fazenda. Muitos Benjamins, no atual cenário mundial, continuam tentando que se os ouça. Porém, tanto lá na Granja do Solar, como cá no mundo da gente, a maioria dos animais, os racionais e os irracionais, parece não ter sido instada a aprender a ler nem interpretar o que lê. E, sem essa ajuda, todos acabam e sempre acabarão sucumbindo ao argumento fácil e poderoso de uma nova escravidão que se imponha.

Escravidão? Mas... Não era liberdade? Não era pela vida? Não era chancelada pela Ciência? Não era louvada pelos mais inteligentes? Não era com a melhor das intenções?

Não. Nunca foi.

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Jornalismo mentira, humorismo verdade

O mundo gira, 'A Lusitana' roda. Esse famoso slogan, da primeira empresa do Brasil do ramo de mudanças, nascido com ela há cem anos, em 1921, foi cristalizado como uma citação para mostrar as voltas que o mundo dá e nos trazem, de novo, a situações conhecidas. Foi o pensamento que me veio à mente, quando li uma passagem do livro mais recente que comprei, que me provocou uma análise do modus operandi recente da grande imprensa brasileira. Duas situações específicas me ocorreram: a ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República e a onda de devastação promovida pela peste chinesa. E eu acabei traçando um paralelo desses dois temas com a sacada genial de sete malucos que convulsionaram o humor, quarenta anos atrás.

Nas minhas andanças por feiras literárias shoppings adentro, encontrei, esses dias, um solitário exemplar de 'Bussunda, a vida do Casseta', do jornalista e escritor Guilherme Sobral Pinto Menescal Fiuza, um dos comentaristas de 'Os Pingos nos Is' da Rádio e da futura TV Jovem Pan, que chega em poucas semanas à grade dos canais pagos. O livro, de 2010, além da biografia de Claudio Besserman Vianna, narra também a trajetória do grupo de humoristas que comandou, entre outras empreitadas, o programa 'Casseta & Planeta, Urgente', na TV Globo.

A grande tirada dos 'sete meninos de Liverpool', que me inspirou o olhar sobre esses dois assuntos que muito se imiscuem mutuamente, e que remonta aos tempos pioneiros da Casseta Popular e do Planeta Diário, foi a do 'jornalismo mentira, humorismo verdade'. A esculhambação inteligente da notícia, que tanto se serviu da transgressão dos costumes, do questionamento de dogmas e da quebra de paradigmas frágeis, foi um potente provocador do senso crítico das pessoas, na época. E seria extremamente bem-vinda hoje, em tempos de paralisia cerebral crônica, provocada pela cegueira imposta pelo medo da morte e pelo 'ideologismo' político-partidário.

As 'notícias' e as 'pesquisas' dos caras, às vezes, eram falsas, pregavam peças em praticamente todos que deveriam atingir, mas, sobretudo, aguçavam a perspicácia das pessoas, ensinando tanto a lidar com a gozação de forma agradável e inteligente (o 'entrar na pilha'), quanto a saber discernir o que é engodo e o que é verdade. Assuntos sérios eram levados sagazmente aos 'populares', nas ruas, na maciota, abordados com irreverência e suscitando o povão ao senso crítico, fazendo pensar. Nas abordagens que muitas vezes rolavam nas vias movimentadas da Taquara (Jacarepaguá, perto do Projac) e em Vila Isabel (reduto tradicional da Zona Norte carioca), as pessoas à volta do aparentemente incauto ungido a alvo não riam 'do' alvo: riam 'com' ele: o alvo se fazia voluntariamente parte da piada, engrandecendo a cena ao divertir-se consigo mesmo.

Mas, ora, quem diria, não é que esse 'jornalismo mentira', que era mentira mas tratava de fatos verdadeiros, viria a afetar, décadas depois, o padrão vigente do noticiário, outrora sério, da grande mídia? Isso mesmo: o jornalismo oficial da atualidade é visceralmente mentira, uma vez que deturpa e escamoteia a verdade. Numa linha que até poderia sugerir aquilo que os garotos faziam, no passado. Mas com uma enorme diferença: quem pratica o verdadeiro jornalismo mentira hoje não são humoristas, são jornalistas. O que não tem a menor graça. Profissionais que deveriam ter como norte o zelo pela verdade parecem ter rompido esse relacionamento de modo intempestivo. Sem aviso prévio, mas, por certo, com uma boa indenização.

Guilherme Fiuza menciona a ida de Claudio Manoel à festa de Ano Novo do escritório da Globo em Londres, na virada de 1991 para 1992. Na ocasião, os jornalistas sediados na capital inglesa estavam ressentidos com as investidas dos cassetas, cujo trabalho pressupunha usar imagens de fatos reais e sobrepor a elas narrativas totalmente dissociadas dos acontecimentos. Claudio foi alertado para a irresponsabilidade de induzir o público a uma relação confusa com a realidade, inclusive com o argumento de que o jornalismo era um sacerdócio, cuja base é a verdade, traduzida numa fé que estava sendo desmoralizada pelos humoristas.

Na lata, o casseta respondeu que, por ele, estava tudo bem; que ele era ateu e, portanto, não tinha compromisso com a fé. Ao explicar que a sua brincadeira era exatamente essa, de chutar, dar tapa na cara e tirar as coisas do lugar, avisava, em contraponto, que o 'jornalismo mentira' também tinha algo a dizer sobre a realidade e suas vacas sagradas. Pois esse 'jornalismo mentira' dos cassetas prova-se, quatro décadas depois e já ausente da grande mídia, mais verdadeiro do que o falso jornalismo verdade a que assistimos agora, feito por jornalistas de verdade, que se revelam de mentira. E com um agravante: sem o discernimento de uma parcela razoável de espectadores, leitores e internautas, influenciados por formadores de opinião que se acham inteligentes, não necessariamente o sendo.

A eleição de Jair Bolsonaro em 2018 e a peste chinesa em 2020 fizeram nascer na mídia uma poderosa casta de donos da verdade que, além de decidirem o que está e o que não está apto a obter essa classificação, têm a prerrogativa de cercear - leia-se censurar - a opinião e o discurso de todos que divirjam de seu ponto de vista tornado oficial. O contraditório está proibido e as plataformas digitais de divulgação estão a serviço da causa, não se restringindo mais à sua função, de veiculação - como deveria ser. Arvoram-se em censores de conteúdo, ao arrepio da lei, travestidos de protetores do que denominam 'padrões de comunidade', algo que nem Aurélio Buarque de Hollanda nem Antônio Houaiss teriam competência para definir, apesar de sua flagrante superioridade intelectual em relação aos latifundiários das Big Techs e seus nerds desenvolvedores de algoritmos.

Neste momento, escrevo sob a estupefação de saber da demissão de Alexandre Garcia da CNN Brasil, por ter manifestado sua opinião no programa... 'Liberdade de Opinião'! Se eu sou o diretor de jornalismo da emissora, ou pedia o boné junto, ou mudava o nome do programa, ou, melhor ainda, o tirava do ar! O nome e a própria atração perderam o sentido. Talvez o desligamento de Garcia traduza bem o que vem acontecendo na grande imprensa, ou 'extrema imprensa', como eu prefiro, exatamente pela perfeita adequação do adjetivo.

Aos olhos dessa militância jornalística, no caso de Jair Bolsonaro, o problema são os avanços conseguidos no resgate do Brasil do atraso e da corrupção, a despeito de os adversários, em grande número, agirem no sentido de sabotar tudo o que for possível. E, para ir contra o 'inimigo comum', vale toda sorte de ataque ao país, o país de todos nós, do qual eles mesmos são filhos! Neste grupo está toda a esquerda; a 'terceira via', que também é inclinada à esquerda mas tem vergonha de assumir isso; a corte máxima do judiciário, de um ativismo político tão feroz quanto ilegal; e um séquito de imbecis que ouvem o galo cantar, não sabem onde, mas repetem os mantras que ouvem de alguém que lhes ordena que cantem, sem constrangimento.

No caso da maior fraude de saúde pública da história da humanidade, a implicância dos militantes é com a defesa do ataque frontal, imediato e óbvio à doença, com as devidas prescrições médicas neste sentido, e com a contestação pertinente da eficácia do modo como o problema vem sendo tratado, na base da suposta prevenção. Para essa militância obediente aos ditames de uma organização mundial que deveria ser da Saúde, são dogmas incontestáveis que não haja essa possibilidade de afronta à praga, que não haja medicamento que possa ajudar neste sentido e que a solução seja exatamente a que vem sendo difundida no mundo, apesar de sua flagrante ineficácia, comprovada à exaustão pelo apreciável número de transmissões feitas por seres supostamente protegidos e, até, pelo número de protegidos que sucumbiram à coisa.

A mensagem cifrada não impede que aqueles que queiram compreender o que se escreve o façam.

Vivemos, enfim, um processo de decadência deplorável do jornalismo brasileiro. Os jornalistas se corromperam e as redações se prostituíram, para servirem a uma causa maior, de uma ordem maior; nova; mundial. Terá sido por afinidade de ambições? Estarão essas ambições atreladas a uma ideologia? Ou a ideologia será mesmo a do clássico vil metal, cujo poder de convencimento é sempre mais forte?

Fato é que um 'novo jornalismo mentira' tomou assento. Diferente daquele dos cassetas. Desonesto, sem graça. Inautêntico. Desonroso. E, contra ele, só mesmo a resistência dos independentes, fortes, e também candidatos a cancelados, censurados, banidos... Ossos do ofício. Mas eles são a sobrevida do que eu chamo de espírito jornalístico, que os bons professores ensinam na faculdade e os verdadeiros editores teimam em manter vivo. Porque é a expressão da verdade; e basta isso ao Jornalismo.

O sacerdócio invocado por aquela jornalista ferida do staff londrino global vem padecendo de sacrilégios da pior espécie, cometidos exatamente por aqueles que dizem professar essa fé. E, com isso, a legião de fiéis seguidores tem debandado, reavaliando sua crença nos oráculos que, até bem pouco tempo, comungavam de sua admiração e os tinham como referência.

Ascensão e queda, no desígnio natural dos impérios. A casa caiu.

...

Confira o vídeo deste comentário em https://www.youtube.com/watch?v=hcCIsTaiNLk

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Casar, comprar uma bicicleta ou papear com as amigas?

No final de uma palestra sobre saúde na Universidade de Stanford, no estado americano da Califórnia, o conferencista, um professor, creditado como chefe de Psiquiatria da instituição, apontou, entre outras coisas, que estudos recomendam duas posturas específicas, para homens e mulheres, visando ao seu bem-estar e à sua saúde.

No caso do homem, revelou-se que uma das melhores coisas que ele pode fazer por sua saúde é casar-se: o casamento aumenta a sua longevidade e o seu bem-estar pessoal.

Quanto à mulher, o palestrante apontou um dado surpreendente: ela precisa cultivar seus relacionamentos com as amigas. Essa declaração provocou risos na plateia, mas o professor fundamentou o fato muito a sério.

Os estudos mencionados mostraram que as mulheres se conectam de maneira diferente dos homens e se valem de outros sistemas de apoio, que as ajudam a lidar com experiências estressantes e difíceis em suas vidas. 'Tempo com as amigas' é muito significativo no nível fisiológico: ajuda a produzir mais serotonina (neurotransmissor), que auxilia no combate à depressão e cria um sentimento geral de bem-estar. Elas tendem a compartilhar seus sentimentos, coisa que não é muito comum a eles.

Os homens quase nunca se sentam com um amigo para falar sobre como se sentem sobre algo específico, ou como está sua vida pessoal. Falam de trabalho, esportes, carros e mulheres, entre seus principais temas, mas dos seus sentimentos, raramente. Já as mulheres fazem isso o tempo todo. Elas compartilham sentimentos e emoções das profundezas de suas almas com suas amigas e parece que isso realmente contribui para a sua própria saúde.

O conferencista ressaltou ainda que o 'tempo gasto' com amigas é tão importante para a saúde das mulheres como correr ou fazer ginástica.

De fato, há uma tendência (errônea) de pensar que, quando elas se dedicam a alguma atividade física, estão fazendo algo de bom para o corpo, enquanto que, quando conversam com as amigas, 'desperdiçam' um tempo que poderia ser empregado em algo mais produtivo.

O orador salientou que não manter relacionamentos de qualidade com outras pessoas prejudica a nossa saúde física tanto quanto o fumo (!).

Portanto, cada vez que uma mulher se sentar para conversar com uma amiga, estará fazendo algo muito benéfico para si mesma. Um brinde, então, ao café, ao chá, ao suco, ao que for... Com as amigas!

A mulher sabe que, um dia, os amigos (e, principalmente, as amigas) irão se separar e virá a saudade das conversas jogadas fora, dos planos e dos sonhos compartilhados. Os dias vão passar, transformando-se em meses e anos, até esse contato se tornar cada vez mais raro. Então, os filhos verão suas fotos e perguntarão: quem são essas pessoas? Neste momento, a saudade vai bater e, com os olhos cheios de lágrimas, ela dirá: foi com elas que eu vivi alguns dos melhores momentos da minha vida.

Aproveite!

...

Adaptado das matérias abaixo

https://paisefilhos.uol.com.br/familia/tempo-com-as-amigas-e-tao-bom-para-a-saude-quanto-exercicios-fisicos/

http://www.vidaeaprendizado.com.br/artigo.php?id=566

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Um novo tipo de negócio desponta na Baixada

O brasileiro precisa ser estudado pela NASA. Essa referência satírica costuma aparecer nas redes sociais por conta de coisas estranhas ou até extraordinárias de que certas pessoas são capazes. Que podem ter seu lado prático e, por que não, empreendedor.

Por algumas vezes, notei um rapaz aparentemente expondo banquetas de plástico numa calçada da região central de Belford Roxo, município da Baixada Fluminense, em frente à agência do Banco do Brasil. Pensei na hipótese de que as peças estivessem à venda, mas, da última vez que passei por ali, parei para analisar a situação. O cara estava na verdade vendendo assento. Isso mesmo: lugar sentado na fila de pré-atendimento, ainda na rua.

Com a diminuição do período de funcionamento das agências bancárias em duas horas por dia, uma das idiotices implantadas na pandemência, pessoas que precisam resolver assuntos nas dependências do banco têm passado longos intervalos ao tempo, sob sol e chuva, aguardando a sua vez de entrar. A fila, no total, pode durar três horas até o atendimento em si, ficando o cliente boa parte desse tempo do lado de fora, sem o conforto do ambiente refrigerado que dispõe de lugar sentado para se aguardar.

Pessoas de idade ou com alguma indisposição ou problema de saúde são quem mais demanda esse serviço, que é oferecido desde a chegada dos primeiros a formarem a fila, até a entrada do último freguês.

O rapaz descobriu um meio alternativo de faturar, sem dúvida. Nada contra. Mas tudo contra o banco, que deveria prover rotinas mais eficientes e rápidas de atenção aos clientes. Dentre elas, inclusive, rever a cretinice da diminuição do horário de atendimento.