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sábado, 16 de maio de 2009

Aroma de naftalina


O telejornal Bom Dia Brasil de quinta-feira passada (14 de maio) mostrou uma reportagem sobre a Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente tratada como Rio – Niterói, por conta dos seus 35 anos de inaugurada. Homenagem bem-vinda, embora atrasada, considerando o aniversário ter ocorrido em março. Boa matéria, com uma visão interessante do dia-a-dia operacional da rodovia – a ponte é parte da federal BR-101 – e contando um pouco da história da construção.

Mas, no final, veio o retoque mal dado. Aquela coisa que se diz quando não há mais o que dizer, o assunto se esgota e o silêncio seria o mais indicado. A repórter Mônica Sanches que, além de gravar a matéria aparecia ao vivo, direto, dando conta da importância da ponte como escoadouro do fluxo de pessoas que moram em Niterói e trabalham no Rio de Janeiro, sacou do fundo de uma empoeirada cartola um inoportuno e desnecessário comentário, sobre ser a obra um ícone do governo militar pós-1964 – já que foi feita entre 1968 e 1974.

Conta ela que jamais se soube exatamente o custo real da ponte e quantos operários teriam morrido durante a sua construção. Como se pusesse em dúvida, talvez e não tão veladamente assim, a lisura do orçamento e da contabilidade da época; e suscitasse, para quem preferisse entender deste modo, o canteiro de obras como local de sumiço de desafetos do regime. Nada dito abertamente, porém ostensivamente sugerido.

Ainda estou procurando em que contexto o derradeiro comentário da jornalista se encaixa. Malgrado meu grande esforço, ainda não achei. Provavelmente o fundo da cartola seja falso e não haja mesmo o que encontrar.



Boas Tardes!

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ConCidadão
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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vou-me já, que já está pingando


Atento aos fatos que são notícia no Brasil e no mundo e imbuído de seu espírito formador de opinião, o Jornal Nacional surpreendeu ontem (12 de maio) em sua preocupação com a conservação dos recursos naturais. Mais do que um olhar apenas para o meio ambiente, um para o ambiente inteiro, se é que isso é possível.

Entre uma visita do Papa Bento XVI à Terra Santa, uma impressionante demonstração de confiança na vida do combalido vice-presidente José Alencar e uma fraude fiscal que permitiu à Petrobrás uma economia de R$ 4 bilhões em impostos não recolhidos, William Bernardes e Fátima Bonner, no melhor estilo Globo Repórter, falam das vantagens ambientais de... Fazer-se xixi durante o banho, sem o desperdício da água que jorra abundante pelos vasos sanitários, país afora.

Relevante matéria para informação de toda a família, educando, em plena hora do jantar, mais de 100 milhões de urinandos brasileiros.



Boas Tardes!

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ConCidadão
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