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segunda-feira, 5 de julho de 2010

É. Quiçá 2014

 
Quando Ayrton Senna morreu, em 1º de maio de 1994, um domingo, o Banco Nacional (que veio a 'morrer' não muito tempo depois) correu a retirar de suas agências, um dia depois, todo o material promocional com a imagem do corredor, providenciando uma campanha publicitária alternativa logo em seguida. Hoje, primeiro dia útil após o fiasco de Dunga e dos demais anões – poucos não foram 'pequenos' assim, em especial no jogo contra a Holanda – descontada a própria sexta-feira (2) fatídica, é hora de recolher a bandeira da janela, guardar a blusa da seleção e furar as bolas verdes e amarelas, cujos despojos irão para o lixo em meio a quilômetros de bandeirinhas igualmente festivas. O sonho do hexacampeonato ficou para 2014, aqui mesmo, em casa.

O agora ex-técnico, teimoso como uma mula e lento feito bicho-preguiça em sua capacidade (?) decisória, vai recolher-se ao ostracismo, pelo menos por um certo tempo. Pagar os pecados, quais sejam os erros crassos de sua atuação profissional, dentre eles a escolha de seus comandados e, cabe lembrar, a inabilidade no trato com a imprensa, descontados aqui os excessos também cometidos pelos repórteres. E que não se duvide de que uns e outros cidadãos, de alma rubra, propalem que, ferida em seus brios, foi a Rede Globo que tramou a queda da seleção, só para atazanar o juízo do Dunga. Afinal, para esse grupo, na maioria dos males e pecados do mundo, se não em todos, há de existir o dedo do império dos Marinho.

Agora, começa mais um campeão de audiência em cadeia nacional: as eleições. Serão cinco cargos para os quais escolher – árdua tarefa... – representantes. Eles vão estar nas ruas, nos palanques das praças, nos santinhos que nos querem empurrar nas calçadas e, a partir de agosto, ainda invadirão, sem pedir licença, o sagrado espaço das nossas casas e nossos automóveis, pelas telas de televisão (felizmente existe tevê por assinatura!) e pelas emissoras de rádio (benditos sejam os cedês e aparelhos de MP3!).

Começa 2010 em pleno julho, pondo no colo de cada um de nós, mais uma vez, a responsabilidade pelo futuro do Brasil. Futuro e Brasil que são mesmo nossos.

Feliz Ano Novo!


Bons Dias!

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ConCidadão
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