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segunda-feira, 31 de março de 2008

Golpe de sorte


Hoje, 31 de março, o movimento militar de 1964 faz aniversário. Há 44 anos, o Brasil começava a ser privado de uma série de liberdades, processo que recrudesceu com o Ato Institucional nº 5, de dezembro de 1968 – editado numa sexta-feira, 13. Começava também, contudo, a ser libertado da possibilidade de transformar-se num país comunista, mudança desejo de tantos "patriotas" que, depois, banidos ou fugidios e repatriados pela anistia ampla, geral e irrestrita, passaram a se autoproclamar injustiçados. Perseguidos, termo que passou a conferir-lhes status político e financeiro. Gente que conseguiu lograr seu sucesso, fazendo valer as suas versões, verdadeiras ou não, do que aconteceu então. A História muitas vezes contada pelas histórias que contam.

Alguns desses contadores de história são hoje expoentes políticos da sociedade. Posam de bons moços, incapazes de violentar um inseto sequer. Nem o mosquito do dengue! Mantêm, esses já não tão moços assim, o discurso da luta pela liberdade, embora cerceiem a dos outros o quanto possam, em nome de uma tal liberdade, desconhecida de todos nós. Vasculham a intimidade alheia, espionando telefones e correspondências eletrônicas. Criam instrumentos de controle, travestidos de conselhos profissionais ou de regulemantações quaisquer, para impedir a livre manifestação que outrora diziam defender. Calam seus opositores a qualquer preço. Ditam modos de pensar e condenam, sumariamente, aqueles que não concordem com eles.

E o pior de tudo: transformam os crimes que cometem em meros "erros", inclusive ao olhos – ceguíssimos – da justiça. Sem falar na compra da dignidade dos menos ou nada esclarecidos com bolsas mil, que desvalorizam o trabalho e prestigiam apenas o assistencialismo conveniente, conivente.

Boas Tardes!

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ConCidadão
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