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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Um novo tipo de negócio desponta na Baixada

O brasileiro precisa ser estudado pela NASA. Essa referência satírica costuma aparecer nas redes sociais por conta de coisas estranhas ou até extraordinárias de que certas pessoas são capazes. Que podem ter seu lado prático e, por que não, empreendedor.

Por algumas vezes, notei um rapaz aparentemente expondo banquetas de plástico numa calçada da região central de Belford Roxo, município da Baixada Fluminense, em frente à agência do Banco do Brasil. Pensei na hipótese de que as peças estivessem à venda, mas, da última vez que passei por ali, parei para analisar a situação. O cara estava na verdade vendendo assento. Isso mesmo: lugar sentado na fila de pré-atendimento, ainda na rua.

Com a diminuição do período de funcionamento das agências bancárias em duas horas por dia, uma das idiotices implantadas na pandemência, pessoas que precisam resolver assuntos nas dependências do banco têm passado longos intervalos ao tempo, sob sol e chuva, aguardando a sua vez de entrar. A fila, no total, pode durar três horas até o atendimento em si, ficando o cliente boa parte desse tempo do lado de fora, sem o conforto do ambiente refrigerado que dispõe de lugar sentado para se aguardar.

Pessoas de idade ou com alguma indisposição ou problema de saúde são quem mais demanda esse serviço, que é oferecido desde a chegada dos primeiros a formarem a fila, até a entrada do último freguês.

O rapaz descobriu um meio alternativo de faturar, sem dúvida. Nada contra. Mas tudo contra o banco, que deveria prover rotinas mais eficientes e rápidas de atenção aos clientes. Dentre elas, inclusive, rever a cretinice da diminuição do horário de atendimento.

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